quarta-feira, 24 de outubro de 2018

O poder da "Melhor Idade" nas Urnas

Psicóloga explica o efeito da Nova Terceira Idade no comportamento do eleitor mais experiente
Desde as Eleições gerais de 2014, é verificado o aumento no número de votantes aptos com mais de 60 anos. Enquanto existia um empate técnico com a quantidade de eleitores na faixa dos 16 aos 24 anos em 2014, atualmente os idosos em condições de exercer o seu direito a voto ultrapassaram estão em maior contingente. Os grisalhos, para o processo eleitoral deste ano estão na faixa dos 28 milhões de eleitores, enquanto os mais jovens estagnaram em 23 milhões de pessoas quites, de acordo com o estudo do TSE, publicado recentemente. Esta mudança pode ser justificada pelo que podemos chamar de Nova Terceira Idade?
De acordo com a Drª. Simone Matias, psicóloga que atende agremiados da Associação Brasileira dos Aposentados e Pensionistas, a ASBP, a intenção e a vontade de votar faz parte do comportamento de quem está na “Melhor Idade”. Simone, que também é especialista em Terapia Cognitivo-Comportamental, afirma que “Continuar participando de tomada de decisões traz a eles responsabilização e sentido à vida, já que se sentem úteis e importantes.”.
Desta forma mesmo é que se sente o aposentado e agremiado da ASBP, o Sr. Nelson de Campos, de 79 anos. Depois que chegou aos 60 anos, esta é a quarta Eleição da qual participa. Ele não tinha mais a intenção de votar em 2018, mas com a aparição de novos candidatos e com propostas de mudar o atual cenário, este beneficiário da Previdência decidiu exercer o seu direito como cidadão. “O que me motivou a ir votar nestas Eleições foi a vontade de mudar os rumos do Brasil. Do jeito que estamos não dá mais para aguentar.”, declarou.
Iniciativas com a do Sr. Nelson também são explicadas pela nova percepção do processo do envelhecimento por quem já chegou aos 60 anos. “As pessoas na terceira idade estão cada vez mais ativas em todos os setores da vida: o social, o familiar, o afetivo e isso também se reflete na política. Ao participar ativamente das decisões políticas do país eles se sentem empoderados quanto a importância que eles tem nesse processo decisório; e isso dá à eles maior senso de pertencimento, aumenta a autoestima e estimula a vida em comunidade.”, finalizou a psicóloga Simone Matias.

Nenhum comentário:

Postar um comentário